sábado, 7 de maio de 2011

Tomb Raider - A Musa esta de volta


Lara Croft sempre foi considerada a grande musa dos video games. Desde sua primeira aparição, a moça esbanjava sensualidade ao mesmo tempo em que enfrentava desafios capazes de assustar até mesmo o mais valente dos marmanjos. Contudo, o tempo fez com que a heroína perdesse muito de seu brilho e que sua série deixasse de ser tão icônica quanto nos tempos do PlayStation.
No entanto, isso pode estar prestes a mudar. O anúncio de um novo Tomb Raider empolgou os fãs da série, principalmente após a confirmação de que exploraríamos o passado da personagem e com uma abordagem muito mais humana. Mais do que isso, a Crystal Dynamics prometeu reiniciar a história da franquia e trazer uma Lara mais jovem, mas com todas as características que a tornaram tão emblemática e amada – ou seja, do jeito que a gente gosta.
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Um novo começo
Como você já deve saber, o próximo Tomb Raider não será uma sequência propriamente dita, mas um reboot de toda a história vista até agora. Em outras palavras, um recomeço para saga da heroína e para sua vida de aventuras.
A proposta, segundo o gerente de projeto, Karl Steward, é fazer com que os jogadores enxerguem a moça com uma nova perspectiva. Em entrevista dada ao site italiano SpazioGames, Steward falou que o tempo fez com que Lara passasse a ser vista como um mero ícone sexual, sem qualquer profundidade. Por conta disso, recontar a sua origem deve ajudar a torná-la mais humana e interessante.
Img_normalCom uma proposta mais realista do que a de seus antecessores, o título nos apresenta uma garota de 21 anos recém-saída da faculdade. Apaixonada por arqueologia, ela se aventura em uma expedição à costa japonesa em busca de tesouros perdidos. Contudo, a situação muda de figura quando seu navio entra em uma tempestade, fazendo com que a embarcação naufrague e a personagem pare em uma ilha supostamente deserta.
É exatamente a partir desse ponto que passamos a conhecer o passado de Lara Croft e a perceber que nem sempre ela foi tão confiante e durona como estávamos habituados a ver. O novo Tomb Raider deve mostrar uma jovem perdida e assustada em meio a situações de risco em um lugar completamente desconhecido e ameaçador.
De modo semelhante ao que o filme “Cassino Royale” fez com James Bond, vamos encontrar uma protagonista ainda frágil e completamente despreparada, mas que ganha autoconfiança e a força necessária para se transformar no ícone feminino dos consoles. As próprias habilidades clássicas serão aprendidas com o tempo e de acordo com a necessidade de sobrevivência.
Na base do instinto
De acordo com o gerente de projeto da Crystal Dynamics, Tomb Raider será completamente centrado na luta para se manter vivo. Prova disso são as poucas imagens liberadas até agora, que sempre colocam Lara em algum momento de extremo perigo ou tentando se virar como pode com os poucos recursos existentes. Quer algo mais desesperador do que ver uma garota completamente suja e com roupas rasgadas no meio da selva?
A própria cena inicial deve deixar bem clara esse foco na sobrevivência. Logo após o naufrágio, a moça acorda amarrada de cabeça para baixo dentro de uma caverna iluminada somente por uma tocha. Para escapar dessa enrascada, o jogador deve se balançar e para fazer com que as chamas consumam as cordas que a prendem.
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O site SpazioGames também afirma que o game irá centrar boa parte da jogabilidade na exploração do cenário e na utilização de vários recursos para a completar os quebra-cabeças. O interessante é que não existe uma única solução, já que é possível encontrar diferentes saídas para o mesmo desafio, fazendo com que cada jogador tente simular sua atitude diante daquela adversidade.
Além disso, a desenvolvedora prometeu uma física aprimorada para este Tomb Raider exatamente por conta da existência de puzzles que exigem uma lógica realista para serem concluídos. No exemplo apresentado pela página, Lara pode utilizar pólvora para causar uma explosão e iniciar uma reação em cadeia de demolição, fazendo com que vários objetos caiam sucessivamente. A ideia é usar cálculos em tempo real para criar uma experiência mais fiel.
Seleção natural
Apesar de mais frágil, Lara Croft não estará indefesa em Tomb Raider. Ainda que o estúdio tenha prometido uma heroína despreparada, todas as imagens liberadas até agora mostram a personagem empunhando armas como pistolas e arcos. Em outras palavras, iremos rever a musa envolta em muita ação.
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A grande novidade em relação a esses equipamentos é o novo sistema de mira manual, semelhante ao que a Naughty Dog já faz em Uncharted. Em vez de fazer com que a personagem se fixe em apenas um alvo, o jogador poderá controlar a pontaria e terá mais liberdade para disparar onde achar melhor – algo que pode ajudar em determinadas estratégias.
Além disso, os combates também poderão ser feitos em confrontos físicos. Embora os detalhes sobre a pancadaria não tenham sido revelados, acreditamos que poderemos usar objetos espalhados pelo cenário para ampliar a força da moça. Isso porque, segundo o italiano SpazioGames, o game deve trazer um modo de visão alternativa, semelhante ao utilizado emAssassin's Creed e Batman: Arkham Asylum. A ideia é fazer com que o excesso de adrenalina melhore a percepção do ambiente, destacando elementos interativos ao seu redor. Assim, Lara sabe exatamente para onde ir e o que fazer.
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A ação também será sentida durante a própria exploração. Vários momentos exigirão que o gamer aperte determinados botões no momento certo para salvar a pele de protagonista. Esses pequenos quick time events estarão presentes em muitas partes da aventura, principalmente quando o timing for essencial para sua sobrevivência.
Explorando seu novo lar
Uma das grandes novidades deste Tomb Raider está no mundo aberto a ser explorado. Ao contrário da linearidade de seus antecessores, o game permitirá que o jogador conheça todos os cantos da ilha. O curioso é que algumas áreas só podem ser acessadas após a obtenção de determinadas habilidades.
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Por fim, temos um sistema de percepção de sensações que promete deixar a jogabilidade muito mais dinâmica. Com a aplicação de diferentes filtros para cada situação, a ideia é exatamente tornar a experiência mais imersiva.
Tomb Raider chega ao PlayStation 3, Xbox 360 e PC ainda neste ano.

A história dos video games: do osciloscópio aos gráficos 3D

Os video games distraem, divertem e trazem tecnologia e polêmica. E a história começa antes do que muitos pensam.


  • Os físicos Thomas T. Goldsmith Jr. e Estle Ray Mann, enquanto testavam equipamentos para o desenvolvimento de televisores e monitores em 1947, pensaram em uma pequeno passatempo. Eles ligaram um tubo de raios catódicos em um osciloscópio. Os traços de luz exibidos simulavam mísseis. O equipamento foi patenteado e batizado de Dispositivo para Diversão de Tubo de Raios Catódicos.
    Em 1949, Charlie Adama desenvolveu um programa com uma bolinha saltitante para o computador Whirlwind. É difícil encontrar informações detalhadas sobre esse projeto e nem sempre ele é listado como contribuinte para a história dos jogos, até mesmo por não ser interativo.
    O obituário do cientista da computação britânico Christopher Strachey no jornal Times afirma que ele simplesmente apareceu no Laboratório Nacional de Física com um programa simulador de damas para o Pilot ACE, um dos primeiros computadores desenvolvidos no Reino Unido, em 1950. O conhecimento de Strachey era tão avançado que o computador não suportava o jogo desenvolvido até meses depois.
    O professor de ciência da computação Alexander Shafto Douglas criou o primeiro jogo gráfico para computador em 1952, que nada mais era do que o jogo da velha. O computador ficava na Universidade de Cambrige.
    O Tênis para Dois e a década de 60
    O Tênis para Dois, jogo feito com um osciloscópio.Os inventos descritos anteriormente não são sempre mencionados como inspiradores ou contribuintes na história dos videogames, mas o que aconteceu em 1958 consta em qualquer registro. Foi naquele ano que o físico William Higinbotham criou o Tennis for Two (Tênis para Dois) em um osciloscópio para simplesmente manter os visitantes do laboratório Brookhaven entretidos. Ele era o chefe de uma divisão do laboratório e este foi o primeiro jogo levado a público.
    Já na década de 60, mais precisamente em 1961, estudantes do Instituto de Tecnologia de Massachusetts desenvolveram o Spacewar!, jogo onde duas naves espaciais atiravam torpedos uma à outra. No meio do cenário, um grande buraco negro deveria ser desviado para evitar danos às aeronaves. Spacewar! é considerado o primeiro jogo com grande influência e reconhecimento.
    Os primórdios dos jogos eletrônicos, até então, circulavam por universidades entre estudantes e desenvolvedores. Eles eram criados para fins de estudo e por hobby, por isso muitos deles foram perdidos e esquecidos. Mas a história começa a mudar em 1967, quando o engenheiro inventor alemão Ralf Baer cria o primeiro game para ser jogado no televisor. Curiosamente, Baer teve a ideia em 1951, mas o projeto fora ignorado pela empresa para a qual ele trabalhava na época. Com insistência, Baer e sua equipe tinham um protótipo de um console capaz de rodar vários jogos, entre eles tênis e tiro.
    A explosão dos fliperamas
    O Computer Space, adaptação de Spacewar! que virou fliperama.A década de 70 marcou o mundo e também a história dos games. O desenvolvimento de jogos já alcançava diferentes áreas, como máquinas de fliperama, além de computadores de universidades e domésticos. Logo em 1970, o engenheiro Nolan Bushnell — com a ajuda de Ted Dabney — usou o quarto da filha dele como oficina e o resultado foi uma máquina que podia ser conectada a um televisor para que as pessoas jogassem Spacewar!. O jogo foi batizado de Computer Space e, apesar de apresentar várias inovações tecnológicas, a verdade é que a jogabilidade não era das mais fáceis.
    Em setembro de 71, o primeiro jogo operado com moeda foi instalado na Universidade de Stanford. No mesmo ano, Computer Space foi adquirido pela fabricante de arcade Nutting Associates, mas não foi sucesso absoluto de público. Bushnell e Dabney saem da Nutting Associates e começam um empreendimento inesquecível nessa história: a Atari.
    O Pong, um dos jogos mais conhecidos da história.Bushnell mentiu para Al Alcorn, dizendo que já havia um contrato de distribuição, e assim eles programaram o Pong, um jogo de tênis que tem esse nome porque Ping Pong já estava registrado. Sem conseguir despertar interesse de grandes fabricante, Bushnell testa o Pong em um bar. O jogo então conseguiu sucesso estrondoso a ponto de entupir as máquinas com moedas em duas semanas. Para quem ainda não ligou os pontos: Pong era o famoso Telejogo, que só chegou ao Brasil em 1977 pela Philco.
    O começo dos video games em casa
    Ainda em 1972, surgiu o primeiro console doméstico: o Magnavox Odyssey, que nada mais era do que o invento de Ralph Baer de cinco anos antes readaptado. Totalmente analógico e movido a baterias, o video game não tinha som. Apesar de ser lançado com boa aceitação do público, o console perdeu espaço rapidamente por estratégia de marketing errada. Nos anos seguintes, diferentes consoles Odyssey foram criados, cada um com mais jogos que o anterior.
    O Magnavox Odyssey, primeiro console para casas.Imagem do Electronic Entertainment Musem
    Em 1975, o Pong saiu das máquinas e chegou às casas com um console especial que simplesmente simulava a jogabilidade do fliperama. Afinal, se o projeto original nada mais era do que um circuito ligado a uma TV, não seria difícil fazer a adaptação. No ano seguinte, Bushnell vendeu a Atari para a Warner Communications, mas se manteve como presidente da companhia.
    O primeiro console “programável” — ou seja, com cartuchos — foi o Fairchild Channel F, lançado em 1976. Ao todo foram lançados 26 jogos em cartuchos numerados para incentivar os compradores a montarem uma coleção. A popularidade do Channel F começou a cair em 1977, com o lançamento de um console que é lembrado até hoje: o Atari VCS 2600. Com nove jogos, este se tornou o console mais popular da época.
    O Space Invaders, que faz sucesso até hoje.O ano de 1978 reservou o auge da indústria do fliperama com o lançamento do Space Invaders, da japonesa Taito. A princípio, os invasores/inimigos eram humanos, mas a ideia foi rejeitada por dois motivos: era difícil simular os movimentos e atirar em humanos foi considerado imoral. Logo, surgiram os invasores do espaço. O efeito sonoro do jogo era baseado no som do coração e simulava inclusive momentos de adrenalina com batidas mais rápidas. As moedas ficaram em falta no Japão como consequência do sucesso do jogo.
    Em 1979, a Atari lançou sua versão exclusiva de Space Invaders para o VCS com sucesso absoluto de vendas. No mesmo ano, a Atari ainda lançou o jogo de maior sucesso de toda sua história: Asteroids. O jogo introduziu o sistema de registrar as melhores pontuações com as iniciais dos jogadores. O sucesso da Atari desencadeou uma briga interna. Vários programadores se desentenderam com a empresa quanto aos créditos dos jogos e, consequentemente, criaram a Activision, considerada a primeira desenvolvedora de jogos terceirizada.
    O Atari VCS, inesquecível até os dias de hoje.
    A guerra e os jogos
    O ano de 1979 ainda contou com a criação de Battlezone, o primeiro jogo em primeira pessoa e tridimensional em que o jogador controlava um tanque para eliminar alvos em um cenário que simulava o ambiente de guerra. Firmou-se aí o laço entre a indústria bélica e o desenvolvimento de jogos.
    A guerra sempre esteve atrelada aos jogos como consequência da época em que foram criados. O fim da 2ª Grande Guerra Mundial determinou o começo de um período tumultuado: a Guerra Fria. Mesmo sem o conflito direto entre capitalismo e socialismo, os 45 anos desta disputa foram, ao mesmo tempo, tensos e com incríveis avanços tecnológicos.
    O Battlezone, considerado o primeiro jogo FPS.Havia o sentimento pessimista e a incerteza sobre o futuro. A possibilidade de destruir o mundo com o clique de um botão assustava as pessoas e refletia o terror do período. O desenvolvimento dos games começou com a mesma tecnologia e os mesmos cérebros que eram pagos para pensar em tecnologia de guerra.
    Jogos falam muito sobre a época em que foram criados, e todos os jogos do período da Guerra Fria carregam o tema. Programadores encontraram uma maneira de transformar o bélico em diversão. A Guerra Fria foi um período de simulação, e os jogos nada mais são do que simulações de diferentes temas. O clique do botão não mais podia destruir o mundo, mas sim proporcionava distração em um contexto pessimista.
    A ideia de um mundo previsível onde é possível controlar tudo agrada ao homem. A sensação de ter habilidade e controle era como um alento aos mais pessimistas, algo que a Guerra Fria não proporcionava, mas os jogos, sim. Em resumo: não haveria a indústria se não houvesse a indústria da guerra.
    Com o lançamento de Battlezone, a indústria bélica então “virou seus olhos” para a simulação. Afinal, era mais barato e menos arriscado testar situações em ambientes seguros como o video game.
    Para computadores, os jogos se concentravam nas mãos de estudantes e não eram comercializados em larga escala. Por isso, pouco se sabe sobre jogos daquela época. Alguns eram oferecidos para os computadores domésticos como Apple, Commodore e Tandy, por exemplo.
    A necessidade de novos personagens
    A década de 80 começou quente para o mundo dos jogos. No Japão, surgiu um personagem para quebrar o clima de combate e destruição que dominava os jogos, direcionados para o público masculino. Era o Pac-Man, vulgo "Come-Come", que representa bem o interesse dos japoneses por personagens bonitinhos. Enquanto os jogos mais populares da década tinham como objetivo o combate e a superação de algum adversário, o Pac-Man só queria comer e nada mais.
    O Pac-Man, personagem simpático e para toda a família.A criação do personagem é bastante curiosa. Um dos objetivos do jogo era alcançar o público feminino, um público que sabidamente gosta de sobremesas após as refeições. Logo, o tema envolveria comida. O formato do personagem surgiu quando o criador, Toru Iwatani, pediu uma pizza, pegou um pedaço e... O resto é história!
    A demanda pelo fliperama foi extremamente alta, uma vez que o público era muito maior: homens, mulheres e crianças jogavam, a família jogava. Pac-Man é o fliperama de maior sucesso da história e deu início ao merchandising, com outros produtos que levavam a marca do "Come-Come".
    Pac-Man foi o primeiro jogo com protagonista, um personagem com o qual o jogador se identifica, e essa premissa foi fundamental para a sobrevivência dos jogos. Os fliperamas estavam rindo à toa com tanto sucesso, mas o mesmo não pode ser dito sobre os consoles caseiros.
    A crise e o ressurgimento com um encanador
    A Atari sofria com as desavenças internas que resultaram em uma crise de criatividade e queda enorme no mercado. Foi necessário inclusive enterrar vários cartuchos pelo fracasso de vendas. Os consoles caseiros tiveram fim decretado com a crise deste mercado.
    Em 1984, o mercado de jogos para computadores superou o do consoles domésticos por causa da crise, uma vez que a jogabilidade era praticamente a mesma e o método para ligar e desligar o computador era quase tão simples quanto um console. Com o sucesso do Commodore 64 e do ZX Spectrum, finalmente os jogos para PC começavam a se firmar.
    A necessidade de ideias criativas inspirou o russo Alex Pajitnov. Em meio à política negativa, pessimista e com poucas opções de entretenimento da União Soviética, ele criou um dos jogos mais simples, porém mais viciantes de toda a história: o Tetris. A União Soviética faturou com o jogo, uma vez que Pajitnov não levou os créditos nem os direitos autorais até 1986, quando ele se mudou para os Estados Unidos.
    O Tetris, jogabilidade extremamente simples, porém incrivelmente viciante.
    Foi neste período de crise que a japonesa Nintendo fez história. Ela distribuía o Magnavox no Japão e produzia brinquedos dos mais diferentes temas e um console no Japão destinado às famílias: o Famicom. Em 1985, a Nintendo decide testar o mercado americano com o Nintendo Entertainment System (NES), que nada mais era do que o Famicom rebatizado. A ligação de Famicom com a palavra família foi removida porque, para os japoneses, os estadunidenses não jogavam em família.
    O Mario surgiu para salvar o mercado dos consoles domésticos.Empregado da Nintendo, Shigeru Miyamoto era um artista sem conhecimentos de programação, então suas criações carregavam muito mais arte do que tecnologia. A Nintendo sentiu a necessidade de inserir histórias em seus jogos. A melhor maneira para se narrar uma história é ter um bom protagonista.
    O encanador Mario surgiu nesse contexto, em 1983. O aspecto visual do bigodudo é muito curioso: ele usava chapéu, pois não era possível representar cabelos; tinha nariz avantajado ,pois essa é uma parte facilmente identificável no rosto; e tinha bigode, pois não era possível desenhar uma boca em meio a tantos pixels. Mario era o herói comum e salvou o video game doméstico em 1985, com a criação do Super Mario Bros., que acompanhava o NES comercializado nos Estados Unidos.
    O NES ganhou seu primeiro concorrente em 1986: o Sega Master System, criado para aproveitar a boa aceitação do mercado no momento após uma crise financeira.
    O Mega Drive foi criado para aproveitar o renascimento dos consoles domésticos.
    Foto de Bill Bertram
    No ano seguinte, uma nova cartada da Nintendo e de Miyamoto abriu as portas para um novo estilo de narrativa: The Legend of Zelda. Miyamoto viveu em uma região cavernosa e explorava os cenários. Isso inspirou o estilo de jogo de Zelda, tendo como pano de fundo uma história épica do bem contra o mal. O protagonista Link é tão diferente de outros personagens que Zelda é um dos poucos jogos em que muitos gamers chegam a chorar de envolvimento.
    O começo da inovação
    O ano de 1989 trouxe inovações e sucesso de mercado para o mundo dos games. Foi lançado o TurboGrafx-16, um console de 16-bit com tocador de CD. Pela primeira vez, jogos podiam ser rodados do CD. Também foi lançado o Genesis, da Sega, console de 16-bit que vinha com o hit Altered Beast. Foi também em 1989 que o áudio para jogos no computador deu um salto com o surgimento das placas Sound Blaster, da Creative Labs, sucedendo as placas Ad Lib que eram o padrão até então.
    Os anos 90 marcaram um período de inovação nos video games com a transição dos pixels para gráficos 3D graças ao crescente poder de processadores para computador e também às melhorias nos aspectos multimídia trazidos pelas placas de áudio e CD-ROM. Também foi nesta década que gêneros como FPS, estratégia em tempo real e os MMO se popularizaram.
    Os anos 90 marcam o período em que os consoles domésticos superam os arcades. O ano de 1990 já começa com sucesso para a Nintendo com o lançamento do Super Mario 3, o jogo de cartucho mais vendido de toda a história. A Nintendo ainda lança o Super Famicom, um sistema de 16-bit com gráficos 3D e áudio superiores aos concorrentes Genesis e TurboGrafx.
    Foi em 1990 também que surgiu no mercado o NeoGeo, um console de 24-bit que superava e muito a concorrência, mas o preço salgado prejudicou as vendas.
    Em 1991, a Nintendo lança o Super Famicom nos Estados Unidos, batizado de Super NES (SNES). No mesmo ano, é lançado o segundo Street Fighter, jogo que deu vida nova aos arcades e foi sucesso estrondoso de público.
    A Sega apostou em sucessos do arcade em versões “caseiras”: Afterburner IIE-Swat e outros títulos saíam das grandes máquinas para as televisões. Fechando o ano, a Commodore anuncia o CDTV, um computador sem teclado, basicamente. Foi o primeiro sistema com softwares educacionais além de jogos, todos comercializados em CDs.
    Um concorrente de peso para o Mario: Sonic, o porco-espinho.Para competir com o Mario, a Sega apresentou o porco-espinho mais conhecido dos games: Sonic. A tacada da Sega apostava em duas consequências do contexto daquela época. Primeiro, o crescimento da geração Nintendo: o alvo da Sega eram os jogadores mais velhos. Segundo, a figura do anti-herói, que representava a desistência de lutar contra o sistema.
    A década de 90 registrou também as primeiras discussões sobre o nível de violência nos jogos. Títulos como Mortal Kombat e Night Trap (ambos de 1992) chamaram a atenção de congressistas estadunidenses. O resultado foi a criação do sistema ERSB, que indica a idade recomendada e o nível de violência na capa dos jogos.
    Um dos vídeo games de maior sucesso hoje foi lançado no Japão em 1994: o Sony PlayStation. A Sony anteriormente trabalhava com a Nintendo para o lançamento de um console com CD, algo que nunca se concretizou. No mesmo ano, também foi lançado o concorrente Sega Saturn. No ano seguinte, os dois consoles chegaram aos Estados Unidos e o PlayStation, com preço menor e mais títulos, não demorou a faturar o mercado.
    A Nintendo não ficou de fora na briga e apresentou o N64 no Japão. Apesar de boa vendagem inicial, o console sofreu por algum tempo devido à carência de títulos. O tempo de desenvolvimento entre um título e outro era até de meses. O console chegou aos Estados Unidos no ano seguinte.
    A temporada de Natal de 1996 foi generosa para Sony e Nintendo, que venderam milhões de unidades dos seus consoles – N64 e PlayStation. Na briga, o PlayStation se deu ainda melhor, chegando a 20 milhões de unidades vendidas em abril de 1997, ano que ficou marcado por uma manobra inesperada da Nintendo: em uma época dominada pelos consoles de 64-bit, a japonesa lançou uma versão “enxuta” do SNES, o Super Nintendo 2.0.
    Um jogo alcançou a marca de 300 mil unidades vendidas e consolidou o sucesso do N64, no final de 97: StarFox. Detalhe: esse número foi batido em cinco dias. Há quem rebata a informação e diga que Final Fantasy VII superou esta marca no Japão, com 2 milhões de unidades vendidas em três dias.
    N64 e PlayStation tiveram um Natal farto em 1996.
    A Era Moderna começa antes mesmo de 2000
    A Era Moderna dos vídeo games começa em 1998, ano que marcou o lançamento de The Legend of Zelda para N64. Com 325 mil reservas, este foi o jogo mais esperado de toda a história. Ao todo, foram 2,5 milhões de unidades vendidas, que gerou o montante de US$ 150 milhões. Para se ter uma ideia do impacto: o filme que mais arrecadou nos cinemas na época foi Vida de Inseto, com US$ 114 milhões.
    O Dreamcast, novidade da Sega para 2000.A Sega, apesar das crises de gerenciamento e do anúncio do fim do Sega Saturn nos Estados Unidos, anuncia um novo console, o Sega Dreamcast. No mesmo ano, a Acclaim saiu dos fliperamas para se concentrar nos consoles caseiros.
    No fim da década de 90, a polêmica dos emuladores ganha destaque. Por um lado, sites que oferecem ROMs – imagens completas de jogos – viviam sob a ameaça de serem fechados, por outro, não se chega à definição da legalidade dos emuladores. Fato é que este tema está em debate até hoje.
    A Microsoft deu as caras no mercado dos consoles em 1999, ao anunciar o desenvolvimento do X-box. Assim como o Dreamcast, o console contaria com sistema operacional Windows CE. A Sony não deixa por menos e, pouco a pouco, vai mandando novidades sobre um novo console, o PlayStation 2.
    O PlayStation 2 atingiu vendas altíssimas na época de lançamento.O ano 2000 começou com o lançamento do PlayStation 2 no Japão. Foram vendidos 1 milhão de consoles em dois dias, um recorde. Gamers fizeram filas nas lojas e nem todos os que reservaram conseguiram garantir um, tamanha a procura pelo novo console. Mas a Microsoft “mandou um recado” para a Sony com o anúncio de que o X-box teria processador Pentium III de 733 MHz, placa de vídeo Nvidia de 250 MB e conexão com a internet. O console foi finalmente lançado no final de 2001 e logo alcançou a marca de 1 milhão de unidades vendidas.
    Com o fim da fabricação do PlayStation 1, a Sony decide lançar uma versão compacta – o PSOne, de tamanho reduzido, pouco maior que um discman, ótimo para viagens, por exemplo. Apesar de não ser um console portátil, uma tela opcional o deixava bem próximo disso.
    Em 2001, o Dreamcast tornou-se o primeiro console com suporte para internet banda larga. Quake III Arena e Unreal Tournament são os primeiros jogos compatíveis. A Nintendo se manteve na briga com o GameCube, oficialmente lançado em setembro daquele ano no Japão.
    Curiosamente, jogos online são mais antigos do que se pensa. Tudo começou em 1974, com o Maze War, que era jogado em diversos computadores de pesquisa. Em 1983, Spasim também era jogado online entre mainframes. Juntamente com MIDI Maze (1987) e Doom (1993), esses quatro jogos são considerados precursores do multiplayer online.
    O padrão de qualidade dá um salto gigante
    O X-box, console que briga diretamente com p PlayStation 3 pelo mercado.Em 2005 e 2006 foram lançados os dois consoles que definem o padrão de qualidade que os jogos têm hoje: X-box 360 e PlayStation 3, respectivamente. Com gráficos de alta definição, discos rígidos de armazenamento e suporte integrado à rede, os dois representam sistemas incríveis que oferecem experiências surreais de jogo, enfrentando de frente o poder dos computadores com preço mais em conta.
    A Nintendo aposta em outro tipo de jogador com o Wii. Tecnicamente inferior aos concorrentes, o Wii compensa com jogos divertidos e experiências diferenciadas de controle. Mesmo com especificações técnicas inferiores, o Wii é sucesso absoluto de vendas.
    Uma marca da virada do milênio para os games são os mods, ou seja, modificações que o usuário pode fazer nos jogos para que o desafio seja único. O melhor exemplo de mod é o Counter-Strike, que começou como uma modificação para o jogo Half-Life.
    O interesse por jogos no celular também cresceu muito. Esta indústria alcançou a marca de 1 bilhão de dólares em 2003 e chegou à incrível marca de 5 bilhões em 2007, representando ¼ das vendas de jogos. Hoje, jogos para iPhone, por exemplo, representam um ótimo nicho de vendas.
    O Wii, com jogabilidade totalmente diferente, também é sucesso de vendas.A relação jogos e filmes ficou mais estreita e isso proporcionou mudanças na narrativa. O estilo hollywoodiano chegou aos games, os enredos ficaram mais densos e até mesmo atores passaram a dublar os protagonistas. Enfim, os jogos ganharam uma apresentação cinematográfica, com cenas curtas e rápidas.
    Periféricos e jogos online também norteiam equipes desenvolvedoras. É fato que já haviam periféricos para SNES, Mega Drive, etc., mas foi nesta década que jogos com diferentes periféricos tornaram-se hits absolutos.
    É curioso, mas até quem não é fã viciado em games ganhou mais importância, justamente na época em que os jogos estão mais realistas e desafiadores. São os jogadores casuais, que gostam de passatempos sem compromisso. Este nicho caiu nas graças de usuários de PCs que navegam pela internet. São jogos simples e que não exigem horas do gamer.
    Os portáteis
    O primeiro video game portátil foi o Microvision, lançado em 1979, que não emplacou pelo fraco desempenho técnico e sua tela preta e branca de 16x16 pixels. Dois anos depois, a Entex tentou ser ousada com o Select-A-Game Machine, que possibilitava a disputa entre dois jogadores. Em 1984, os japoneses curtiam o Epoch Game Pocket Computer, com tela LCD preta e branca, resolução de 75x64 pixels e possibilidade de trocar cartuchos.
    O Epoch não emplacou, mas serviu de inspiração para o primeiro Game Boy, de 1989, que foi sucesso absoluto de vendas. Nove anos depois, a Nintendo se atualizou com o Game Boy Color, com tela colorida. Por muitos anos, o Neo Geo Pocket Color foi concorrente forte no mercado. Em 2001, com o lançamento do Game Boy Advance, a Nintendo continuou o bom número de vendas.
    O DS, sucesso portátil da Nintendo.Atari e Sega lançaram seus portáteis Lynx (1989) e Game Gear (1990), respectivamente. O primeiro marcou pelo visor LCD colorido, mas o segundo se deu melhor pela grande quantidade de jogos. O TurboExpress seria concorrente desses dois, mas pecou pelo preço salgado e pelo fraco desempenho da bateria.
    Em 2003, a Nokia tentou combinar telefone celular e video game portátil em um único aparelho, o N-Gage. O problema é que ele não era bom em nenhum dos dois.
    Em 2004, a Nintendo proporcionou uma nova revolução com o DS, um portátil com duas telas (sendo uma delas sensível a toque). Com mais de 100 milhões de unidades vendidas, o DS é um sucesso absoluto. O grande concorrente do DS é o PlayStation Portable, também lançado em 2004, que oferece gráficos de altíssimo nível, suporte para rede e recursos multimídia.
    O que a história conta
    Jogos começaram com o propósito de distração do ambiente tenso que a Guerra Fria proporcionava. Era necessário ter algo que oferecesse a sensação de poder para o espectador, visto que muito pouco podia ser feito quanto ao contexto político de toda uma época.
    Como todo objeto de diversão, é necessário ter criatividade para se manter. Surgiram então personagens identificáveis e propósitos mais bem definidos nas aventuras. Mas o mundo de fantasia também precisou ser quebrado, e por isso surgiram os “anti-heróis” dessa história, personagens mais realistas em ambientes e situações realistas. A verdade é que é mais fácil se identificar com esse tipo de personagem do que um encanador barrigudo, por exemplo.
    Jogos mais maduros trazem polêmica. Castle of Wolfenstein 3D (1992) abordou o nazismo de uma maneira que chocou. Doom (1993) e sua sanguinolência excessiva foram incansavelmente relacionados ao massacre de Columbine, em 1999. O debate sobre as consequências de jogos deste tipo continuarão, mas isso não impedirá que jogos ainda mais polêmicos sejam lançados – GTA e Postal que o digam.
    O mundo dos games passou de 2D pixelado a 3D em apenas uma década, e essa é a maior revolução. No começo era impossível representar pessoas, hoje isso é extremamente fácil. Consequentemente, os jogos ficaram mais humanos. Com o avanço, foi possível estreitar as relações entre Hollywood e os jogos, uma relação que promete se manter cada vez mais firme.

Presidente da Sony se desculpa com usuários do PlayStation

A PSN foi invadida no mês de abril e dados sobre usuários e até mesmo números de cartões de crédito foram roubados.

 (Fonte da imagem: Wikimedia Commons)
Reuters. Por Isabel Reynolds - O presidente-executivo da Sony, Howard Stringer, se desculpou com os usuários da PlayStation Network e outros serviços online, rompendo seu silêncio quanto à maior violação de segurança já registrada na Internet.
Os comentários de Stringer, que não especificaram quando os serviços serão retomados, surgiram depois de críticas à sua liderança desde que a Sony revelou que hackers haviam comprometido dados de mais de 100 milhões de contas usadas para acesso a videogames e música online.
"A Sony, e eu pessoalmente, pedimos desculpas pelas inconveniências e preocupações causadas pelo ataque", afirmou Stringer no blog norte-americano do Sony PlayStation, na noite de quinta-feira.
O incidente pode se provar um revés grave para a empresa, que tenta se recuperar depois de sofrer derrota para a Apple no segmento de música móvel e para a Samsung Electronics nos televisores de telas planas, e diante da séria concorrência contra a Nintendo e a Microsoft nos videogames.
Um analista afirmou que as preocupações de segurança podem afetar as vendas de aparelhos da Sony e prejudicar as perspectivas de crescimento de seus serviços de rede.
"Existe verdadeira preocupação com uma perda de confiança nos negócios da Sony", afirmou Kota Ezawa, analista da Citigroup Global Markets Japan, em nota divulgada antes da declaração de Stringer.
"O negócio de redes em si oferece contribuição apenas modesta aos resultados, por enquanto, mas existe o potencial de uma queda nas vendas de hardware devido à preocupação", escreveu.
Mas Peter Walshe, diretor sênior da Millward Brown, uma agência mundial de pesquisa sobre marcas, disse que a marca principal da Sony se recuperaria, ainda que o PlayStation especificamente possa sofrer.
"A marca básica deve mostrar mais resistência", disse à Reuters em entrevista telefônica. "A Sony é uma das marcas de maior confiança em todo o mundo, enquanto a Sony PlayStation já começa com um referencial baixo de confiabilidade."
"As pessoas podem até dizer que nunca mais comprarão produtos Sony, mas em nossa experiência isso tende a não acontecer", disse.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Game Street Fighter X Tekken

Surgem as primeiras imagens de Street Fighter X Tekken



Hoje a Capcom soltou diversas novas informações de Street Fighter X Tekken durante seu eventoCaptivate 2011, como já era esperado pelo que vinha sendo dito nos últimos dias. São várias imagens do jogo em ação e mais dois trailers, um contando a história do confronto e outro de jogabilidade, mostrando os novos personagens confirmados. 

Strret Fighter X Tekken  
Strret Fighter X Tekken

As primeiras aparições que vemos no início não são surpresa nenhuma, Ryu e Ken, que dispensam apresentações, lutando contra Kazuya e Nina, dois personagens recorrentes do universo de Tekken. Tudo ao som da pesada música Honest Eyes da banda Black Tide

Nenhum outro personagem é confirmado no primeiro trailer, mas logo em seguida temos vários nomes no vídeo dedicado à jogabilidade. Rostos conhecidos como Guile, Abel e Chun-li de Street Fighteraparecem em lutas contra King, Marduk e Bob de Tekken

O jogo segue o estilo Tag Team de lutas em dupla, parecendo usar toda a estrutura de Street Fighter IVmisturada com essa pitada da séries de Crossovers da empresa. Personagens podem ser trocados no meio da ação para aumentar ainda mais o alcance dos seus combos, no chão ou aéreos. 

Capcom falou um pouco mais sobre o jogo, garantindo, por exemplo, que o controle será algo familiar aos fãs de ambas as séries. Pela jogabilidade aparentemente os personagens de Tekken compensam a falta de projéteis com movimentos que podem atravessá-los. A empresa também atiçou que poderemos esperar por algumas surpresas no modo online do jogo.

Street Fighter X Tekken está marcado para ser lançado em 2012 no Xbox 360, PlayStation 3 e PC. Confira os vídeos e mais fotos do jogo.
Street Fighter X Tekken  
Street Fighter X Tekken
Street Fighter X Tekken  
Street Fighter X Tekken
Street Fighter X Tekken   
Street Fighter X Tekken
Street Fighter X Tekken   
Street Fighter X Tekken

Saiba como montar um poderoso PC para jogos

Saiba o que você precisa saber para montar um computadorcompatível com os games de última geração


Você quer montar a máquina dos seus sonhos, mas não tem a mínima ideia de como chegar a uma loja e fazer a compra certa sem que o vendedor te passe para trás?

O que você precisa saber é que, em computadores montados para os melhores jogos da atualidade, é necessário escolher muito bem cada uma das peças que vão compor a sua configuração. Afinal, os jogos modernos exigem cada vez mais recursos do equipamento, pois sempre utilizam as mais modernas tecnologias para conquistar o jogador.

Portanto, se você está pensando em montar um computador especificamente para se divertir nos mundos virtuais, já tenha em mente que você vai precisar investir alto em cada uma das peças para criar a máquina que tornará seus sonhos realidade.

Jogos como Crysis II – uma referência em qualidade gráfica de games para PC – assim como Shift 2, Dragon Age 2 e Street Fighter 4, ou jogos de MMO (jogos online para múltiplos jogadores em massa) como Call of Duty: Black Ops ou Left for Dead 2, exigem processadores topo de linha, vários gigabytes de memória RAM disponível, e ainda uma placa de vídeo dedicada com uma configuração poderosíssima. Se tudo isso não estiver bem alinhado, sua diversão pode se tornar um terror.

Crysis 2Crysis 2
Além disso, processador, memória e placa de vídeo não são os únicos componentes com os quais você deve se preocupar. Cada mínimo detalhe é muito importante na hora de montar um computador desses. Falaremos sobre cada um a seguir:

Placa-mãe

A placa-mãe será a base para receber os componentes do computador que você está montando. Nela, você encaixará o processador, as memórias, a placa de vídeo (ou placas de vídeo, já que pode-se utilizar mais de uma), discos rígidos, unidade de leitura ótica (DVDs e Blu-rays) e outras placas externas. Portanto, atente-se na hora de escolher a placa-mãe correta, pois ela deve combinar perfeitamente com os demais componentes que você pretende comprar, como por exemplo, com a velocidade das memórias e o soquete usado pela CPU.

Deve também ser observada a quantidade de slots PCI Express e a sua velocidade. Placas de vídeo atuais podem ocupar até 2 desses slots e exigir uma velocidade de 16x para operarem em sua capacidade máxima. Há ainda a possibilidade de se usar mais de uma placa de vídeo em um mesmo computador, portanto, sua placa-mãe deverá ter uma quantidade de slots compatível com a quantidade de placas de vídeo que você deseja usar.

Processador

A afirmação é clichê, mas não custa lembrar de que o processador será o cérebro do seu computador. Se ele não acompanhar o desempenho dos demais componentes, o seu investimento não fará sentido. Portanto, escolha um bom processador, de preferência, dentre os modelos topo de linha, não importando qual a fabricante.

Processadores Core i5 e i7Existem modelos de processadores que são voltados para uso em netbooks ou computadores para usos mais simples, como navegação na Internet e edição de documentos de texto. Fuja deles. Escolha um processador que possua uma boa quantidade de memória Cache – um tipo específico de memória que fica alocado dentro do processador, e faz uma enorme diferença na velocidade –, possua mais núcleos, e que seja específico para desempenhar tarefas pesadas, como edição de imagens e, obviamente, jogos.

Em relação às fabricantes, atualmente podemos optar entre a Intel e a AMD. Ambas possuem processadores muito poderosos e competem páreo a páreo no quesito inovação tecnológica dos seus chips. Portanto, a escolha da marca será sua. Apenas lembre-se de que cada fabricante exige um modelo específico de placa-mãe, devido ao encaixe do soquete. Então, verifique se a placa-mãe que você está escolhendo será compatível com o processador.

Para jogar Crysis II, por exemplo, o jogador não poderá nem pensar em investir em um processador menos poderoso que um i5, da Intel, ou um Phenom X4 da AMD. Esses são alguns dos processadores mais modernos que essas empresas fabricam hoje.

Memória

Você escolheu um poderoso processador, de altíssimo clock e vários núcleos, e uma placa-mãe cheia de tecnologia. Então, deverá colocar memória suficiente para acompanhar tudo isso, ou senão, será como você ter uma Ferrari sem uma boa estrada para rodar com ela. Afinal, o processador precisa de memória para usar todo seu potencial, assim como a Ferrari precisa de uma boa e longa estrada para acelerar até sua velocidade final.

Memória Corsair DDR3Mas não é apenas com a quantidade de memória que você deverá se preocupar. A velocidade com a qual ela processa os dados é tão importante quanto a quantidade de Gigabytes que você irá colocar. Se o processador que você escolheu se comunica com a placa-mãe a 1333 MHz, então a memória também deverá suportar essa velocidade. Se você instalar uma memória que opera a uma velocidade menor que essa, então tudo funcionará nessa velocidade menor e você jogará seu dinheiro no lixo.

Outra questão importante em relação às memórias é em relação ao resfriamento das mesmas. Como você está montando um equipamento de altíssimo desempenho, ele certamente aquecerá bastante quando estiver em pleno uso. Então, capacidade de dissipar essa temperatura será mais um detalhe com o qual você terá que se preocupar. Existem modelos de memória que possuem um dissipador de alumínio incorporado a elas, que ajuda do resfriamento e na manutenção do desempenho e da vida útil delas, e por isso são mais recomendadas nessa situação.

Quanto à quantidade de memória, verifique os requisitos necessários para rodar os games que você pretende jogar. Alguns podem precisar de menos ou de mais memória. Poderíamos orientar você a colocar 10, 12 ou mais GBytes de RAM, mas dependendo do jogo que você for jogar, isso pode ficar superestimado e você nunca usar toda a memória que possui. Portanto, o ideal é instalar a quantidade necessária, e caso precise, fazer apenas um upgrade de memória depois, já que não é difícil adquirir e instalar um novo pente. Mas pense em começar com, no mínimo, 4 GBytes.

Placa de vídeo

Certamente, o componente mais importante dentro de um computador destinado a jogos. A placa de vídeo também é conhecida por GPU (Graphics Processing Unit, ou unidade de processamento gráfico). Se você está montando um computador com essa finalidade, não pode em hipótese alguma cogitar a possibilidade de dispensá-las. E se você optar por usar uma placa embutida na placa-mãe (placa on-board), o seu destino será o de jogar Tetris e Pac-Man num emulador de 8 bits.
Esteja certo de que você precisará de uma GPU dedicada, afinal, como jogos têm como principal característica os gráficos, eles exigem uma grande capacidade do computador de processar essas imagens de forma rápida.

NVidia GeForce GTX 580
Existem muitos modelos de placas de vídeo no mercado, com diversas quantidades de memória e variados clocks, mas as fabricantes dos chips são basicamente NVidia e ATI. Assim como qual marca você escolherá para seu processador, a marca da placa de vídeo é questão de opção, pois não há grande diferença no desempenho em relação a elas.

Você deve sim se preocupar com a quantidade de memória dedicada da placa e com o clock, dependendo do tipo de jogo você deseja jogar. Se seu objetivo é em jogar MMOs pela Internet com os amigos, talvez você não precise de uma placa de última geração, com uma quantidade absurda de memória, afinal, nem sempre jogos assim possuem gráficos estupendos. Mas se o jogo que você quer tem gráficos perfeitos e exige o máximo de poder da GPU, invista na melhor placa de puder. Para jogar o mais novo Need for Speed ou Crysis II, você vai precisar de uma placa de vídeo com, pelo menos, 2 GBytes de RAM, seja ela da ATI ou da NVidia.

Alguns modelos de GPU usam 2 slots PCI Express, tamanha sua necessidade de se comunicar o mais rápido possível com a placa-mãe e o processador. Então, como dito no tópico sobre a escolha da placa-mãe, escolha aquela que possua a quantidade de slots disponíveis com a que você precisará para plugar sua placa de vídeo (ou placas de vídeo, já que é possível utilizar mais que uma para obter um desempenho ainda mais poderoso de gráficos).

Disco rígido

Jogos sempre ocupam bastante espaço em disco após sua instalação no PC. Por isso, vocêprecisar de bastante espaço em disco, principalmente se pretende ter vários jogos instalados. E, como durante o jogo, vários dados são buscados do disco, para evitar qualquer lentidão nesse processo é ideal que seu HD possua uma velocidade de resposta alta.

Atualmente, temos a opção dos discos rígidos SSD (Solid State Drives), que são discos rígidos que usam a mesma tecnologia que pendrives, por isso são bem mais rápidos na busca, leitura e escrita de dados. Porém, esses discos são bem mais caros e, normalmente, possuem bem menos espaço que um disco rígido tradicional. Enquanto encontramos discos rígidos tradicionais com 1 TByte ou mais de espaço, os discos SSD costumam ser encontrados com aproximadamente 100 GBytes.

Uma boa sugestão para investir certo é adquirir um disco SSD e um outro tradicional, mas com mais espaço. Assim, você poderia usar o SSD para aqueles jogos que costuma jogar mais, ou são mais pesados, e os demais jogos você instalaria no HD comum. Se seus jogos não são tão pesados, um HD comum com um bom espaço físico já te atenderá perfeitamente.

Battlefield 3Battlefield 3 
Drive ótico

Jogos normalmente vêm em mídias óticas, como DVDs e discos Blu-ray. Portanto, não se esqueça de escolher um leitor ótico, mas que também seja capaz de gravar discos, para o caso de você desejar fazer uma cópia para guardar (não há ilegalidade em fazer cópias de backup para consumo próprio) ou fazer backup dos seus jogos salvos.

Fonte de energia

Você está montando seu PC com apenas peças de primeira linha. Então, a energia que alimentará toda essa potência precisa ser de primeira linha também. Você não colocaria qualquer gasolina na sua Ferrari, certo? Ela merece um combustível aditivado e de procedência garantida.

A mesma coisa acontece com a energia elétrica do seu PC. Não adianta nada investir em um belo processador, uma excelente placa de vídeo, velozes memórias, mas instalar uma fonte de alimentação que não é capaz de fornecer a energia necessária para isso. Fontes de energia comuns costumam variar a potência fornecida aos componentes do seu computador, podendo causar mau funcionamento e até mesmo queimá-los. Além disso, elas nunca cumprem o que prometem: se a potência nominal é de 500 watts, pode ter certeza de que elas nunca chegarão a isso.

Por essa razão, pegue uma "fonte de potência real", que são fabricadas com componentes elétricos de qualidade – coisa que você pode sentir segurando uma fonte comum e uma fonte de valor real nas mãos, onde verá que a real é bem mais pesada e robusta – além de garantir a potência nominal. Algumas delas são capazes de ajustar a potência de acordo com a demanda. Por exemplo, se você está apenas fazendo uma pesquisa na Internet, ela ajustará para um consumo menor de energia, já que isso não demanda muitos recursos de processamento. Mas, enquanto você estiver jogando, a potência será ajustada para funcionar com sua capacidade máxima.

Quanto à potência necessária para a fonte, tente verificar nos manuais dos componentes quanto de potência eles precisam. Normalmente isso vem bem especificado, principalmente nas placas de vídeo.

Gabinete

Tenha uma coisa em mente: sua máquina, com todas essas peças, esquentará muito. Se você prender tudo isso em uma caixa de fósforos, ela vai pegar fogo (sem trocadilhos). Então, escolha um gabinete espaçoso com ventoinhas que ajudarão na circulação do ar.
Existem diversas marcas especialistas em desenvolver gabinetes específicos para computadores de gamers. Todas elas produzem caixas bem arejadas, com ventoinhas espalhadas por todos os cantos, e até mesmo controles externos para você ligar, desligar ou ajustar a velocidade de rotação desses ventiladores (apesar de existirem também gabinetes que fazem esse ajuste automaticamente, de acordo com a demanda de processamento).
Em relação ao visual dos gabinetes, muitos possuem luzes de neon, partes transparentes, desenhos etc. Isso se trata apenas de uma questão de estética, pois nada disso fará diferença no desempenho final da máquina. Escolha aquele que te deixe mais à vontade.

Teclado e mouse

Sim, a dupla teclado e mouse é muito importante para os gamers. Afinal, são eles quem farão a comunicação entre as ações do jogador e o jogo. Se eles não responderem com precisão, isso poderá ser fatal (dentro do jogo, claro).

Gabinete ThermaltakeExistem no mercado teclados e mouses desenvolvidos pensando diretamente nos jogadores. Mouses com diversos botões extras e teclados com teclas posicionadas para uma ação mais rápida na hora da necessidade. A marca Razer é especialista nesse quesito. 

Monitor

Gamers costumam investir alto em monitores. Estão certíssimos, pois é para ele que ficarão olhando o tempo todo enquanto jogam. Um monitor com uma boa qualidade de imagem e uma tela com um tamanho que permita ver todos os detalhes dos mundos virtuais é imprescindível. Mas como placas de vídeo atuais costumam vir com diversas saídas HDMI e DV-I, e não apenas a VGA padrão, pode-se cogitar usar uma TV para se divertir com os jogos no PC na sala da casa.

Conexão com a Internet

Nem precisa avisar que, se o seu objetivo é se divertir online com um MMO, você precisará de uma boa conexão com a Internet. Até mesmo para jogos que não são online, uma conexão é importante, pois muitos necessitam instalar pacotes de atualização grandes, o que pode gerar uma longa espera se a sua conexão for pequena.

Se você não quer passar raiva com lag (travamento no jogo devido à demora para carregar os dados) durante o jogo, esqueça os modems de conexão via 3G, pois esse tipo de conexão é muito instável. Invista em uma conexão DSL ou via Cable Modem.

shift 2 
Shift 2
Sistema Operacional

Sim, o sistema operacional é tão importante em um computador para jogos quanto qualquer componente de hardware. A começar pela definição entre uma versão de 32 ou de 64 bits do sistema. Se a quantidade de memória a ser instalada é maior que 3,2 GBytes, é obrigatório que o sistema operacional seja de 64 bits, pois os sistemas de 32 bits não reconhecem mais que essa quantidade.

Outra coisa importante sobre o S.O.: jogos modernos requerem o DirectX 11, que só é disponível para as versões Vista e 7 do Windows.

Conclusão

Montar um PC específico para games pode ser uma tarefa nada fácil. Tudo depende do tipo de jogos que você pretende ter instalado para se divertir. O que o jogador deve ter em mente é que ele terá que investir alto, muito mais alto do que uma pessoa que quer um computador apenas para navegar em sites.

O valor que será investido também varia de acordo com os jogos desejados. Pode-se ter um bom computador, que roda uma boa leva de games legais, gastando menos que R$ 2.000. Mas também, pode ser necessário gastar mais de R$ 10.000 para ter a melhor máquina para rodar os games mais quentes da atualidade. Tudo vai depender de quanto você tem no bolso.

Mas, como no mundo da tecnologia tudo muda muito rápido, um computador que hoje representaria o máximo em capacidade para games pode ficar obsoleto dentro de poucos meses, pois novos produtos são lançados quase que diariamente. Por isso, não nos prendemos em especificar modelos de placas e componentes nesse tutorial.